quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Do they know that I'm afraid, so afraid


Saw movement in their eyes
Said I no longer knew the way
Given up the ghost
A passing minds and its a fear
In the wait for redemption ahead

Não me aceitei como mais uma da coleção rara, não me aceitei como a cura que nunca fui, não me aceitei ser pega no colo, não me aceitei sorrindo, não me aceitei amando. No meio desse fim aristotélico de referências empobrecidas pelo meu analfabetismo pessoal e opcional, choro. Choro por não ter mais aquele par de mãos, o desapego sempre me fere e me piora ao ponto de ter desejado a morte a qualquer outra coisa. 'Desilusão'. Como boba que sou decidi cortar as últimas pulsações do meu peito, tentando aliviar a pressão com horários cheios e estudos que derretiam minha cabeça, mas nunca adianta. Irremediável, ainda continua tudo aqui. Volto a abraçar os joelhos e chorar desesperadamente, sentindo meu peito inchar até explodir, com bigornas e machados ferindo-o por dentro. Tombo nos lençóis e penso na faca mais próxima, o vinho acabou e o whisky me faz vomitar a alma, mas encontra-se muito distante. Os remédios estão mais perto, a tesoura também, a chave do quarto. E o seu chá.
O primeiro pesamento sempre é morrer agora que não tenho mais forças para continuar a negar o que me fazia bem. But the burden is mine. The burden is always all fuckin mine. A burrice é minha, a negligência, a busca tola do afastamento só para parar de doer mais o que já doía, entretanto o resultado é piorado. Tudo é sempre piorado. O ciclo do riso e do esquecimento se perde, e se torna o círculo da dor e falsa cura, dor e falsa cura, dor e falsa cura. Já me perdi demais para poder perder quem se perde por mim.
Mas não se perde mais.

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