quinta-feira, 31 de maio de 2012

Learning to Fly

As correntes da minha alma pertencem somente a mim. Não, sociedade, não venha pra cima de mim com suas promessas inúteis de uma vida inútil a qual você julga perfeita. A quantos ventos ainda terei que bradar que NÃO, eu não aceito suas algemas. O único ser aqui que pode me domar sou eu mesma, então não ouse me olhar com esses grandes olhos corporativos e capitalistas ansiando minhas tripas esparramadas no tapete, NÃO eu sou livre para causar o meu próprio sofrimento. O mundo não pode causá-lo em mim, pois não há nada lá fora pior do que eu, pior que meus sentimentos silenciados nos lençois freáticos de veneno da minha alma. O que pensaram em fazer comigo de ruim eu já fiz, então tragam todas facas e não se cansem de testá-las em mim. Quem se engana aqui, humano? Sua mediocridade ou a minha ainda maior? Você tem o direito e o dever de negar sua decadência até sua morte, eu não. Se um dia eu quiser ser alguém in fact terei que escalar de cicatriz em cicatriz nos pulsos até cair na cova que já tenho cavada aqui no quintal dos sonhos sepultados.
Os remédios, o café e o vinho me deixam mais doente e aumentam as letras do meu obituário. Meu monólogo de tristeza ecoa vazio e egoísta nos cantos da fortaleza éterea de graxa e sangue escorrido da minha alma, sempre foi assim, o que tenho eu para reclamar?


E que indócil conjunto de palavras sem sentido. Eu corto meus pulsos com as cordas do violão e do contrabaixo, já que a navalha não fuciona mais.

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